O motorista José Júnior Fernandes Mota, de 46 anos, suspeito de provocar o acidente que deixou oito mortos e um ferido na BR-153, em Campinorte, no Norte de Goiás, na noite do último sábado (20/09), já havia se envolvido em outra colisão grave em 2018, também conduzindo a mesma caminhonete Toyota Hilux.
Histórico de reincidência
De acordo com processos que tramitam na Justiça, em março de 2018, na GO-556, José Júnior dirigia embriagado, em alta velocidade e sem habilitação quando colidiu contra um VW Gol e uma Fiat Strada. Testemunhas afirmaram que ele apresentava sinais de embriaguez e fugiu do local após a batida, chegando a trocar a lanterna da caminhonete para tentar dificultar as investigações.
O acidente resultou em perda total do veículo Gol, e a Justiça o condenou a ressarcir a vítima em R$ 27.209,00, valor corrigido pela tabela FIPE. Entretanto, o motorista recorreu diversas vezes para postergar o pagamento. Além deste caso, ele também responde a outros processos por homicídio qualificado e roubo majorado, sendo considerado reincidente em crimes dolosos.
Tragédia em Campinorte
Mesmo com o histórico de infrações, José Júnior continuou conduzindo a mesma caminhonete, registrada em nome de terceiros. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), no último sábado ele invadiu a pista contrária da BR-153 e bateu de frente contra um caminhão, que acabou atingindo uma motocicleta.
O impacto foi devastador: morreram seis integrantes de uma mesma família — o pai, José Mario da Silva Souto, 38 anos; a mãe, Dayane Pereira dos Santos, 32; e os filhos José Victor, 17, Emanuela, 14, José Arthur, 10, e Théo, de apenas 3 anos, que chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
Na moto, estavam Wellington Vieira Bruno, 42 anos, e Rosemaria Ferreira Mendonça, que também perderam a vida no local. O motorista do caminhão sobreviveu e foi levado ao Hospital Municipal de Campinorte.
Prisão preventiva
Após o acidente, José Júnior fugiu da cena e tentou esconder a caminhonete. Denúncias anônimas levaram a Polícia Militar a localizá-lo, resultando em sua prisão. A Justiça converteu a detenção em prisão preventiva, e o acusado permanece à disposição do Judiciário.
O Conexão Brasil Goiás entrou em contato com a defesa de José Júnior, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.

